domingo, 28 de fevereiro de 2010

Culpada, eu???


Certa vez eu perguntei para uma das minhas filhas, a Mariana, a mais velha, “filha, sabe qual é a coisa mais importante do mundo para a mamãe.” Com a maior tranqüilidade do mundo ela disse: “Sei, mãe, o seu trabalho.” Eu quase morri, mas respirei fundo e expliquei que isso não era verdade e que não daria nem para fazer este tipo de comparação, que o meu amor por ela era maior do que tudo etc. Mas aí aproveitei para dizer que realmente eu gostava muito do meu trabalho e que um dia ela iria sentir a mesma coisa pelo trabalho dela. Culpada, eu? Claro que me senti. E este é um dos grandes riscos que a gente corre. A culpa é grande e você pode acabar querendo compensar de maneira errada como por exemplo levando presentinhos para casa todos os dias. Com os anos, isso vai aumentando. Aos 18 anos, quando seu filho entrar na faculdade você dá um carro zero e por aí vai. E se você não cuidar ao longo desses anos do seu futuro financeiro, não fizer uma poupança, você vai acabar morando na casa da nora. E ainda vai dizer: “eu me sacrifiquei a vida toda por eles e acabei assim.” Por isso, é importante que a mulher pense primeiro nela e depois nos outros. É um favor que ela estará fazendo aos seus filhos.

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